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Exposição do Projeto
"China: Brasil - Invenções que mudaram o mundo"

Palavra do Patrocinador

Apresentamos algumas curiosidades do livro “China - Brasil: Invenções que mudaram o mundo”, com o objetivo de apresentar a história, os hábitos e as tradições que, ao longo do tempo, conectam os dois países, ressaltando o quanto a diversidade cultural é enriquecedora e importante para a promoção do desenvolvimento dos países e das pessoas.

A CMOC é uma empresa de origem chinesa, fundada em 1969, que foi acolhida pelo Brasil em 2016 e aqui possui operações fundamentais para o crescimento global da empresa. Com unidades em Goiás (Catalão e Ouvidor) e em São Paulo (Cubatão), é a segunda maior produtora de nióbio do mundo e um dos destaques na produção nacional de fosfatos. Com um histórico de investimentos estratégicos em mineração e recursos naturais, nossa presença no país não apenas contribui para o seu desenvolvimento econômico, mas a cada dia estreita laços culturais e possibilita o fortalecimento das relações entre China e Brasil.

 

Este livro é um registro histórico e uma homenagem às invenções, trocas e influências que nos conectam e aos valores que nos unem. Ao entender e celebrar as contribuições chinesas no país, fortalecemos nossos laços, promovemos a mútua compreensão e damos continuidade ao espírito de cooperação que tem sido uma constante entre os nossos povos.

Apoiando este projeto, a CMOC reconhece a importância de compartilhar a história e a riqueza das contribuições chinesas para a sociedade brasileira e para o planeta. Do patrimônio cultural milenar às inovações tecnológicas modernas, a China desempenha um papel relevante na vida cotidiana de milhões de brasileiros, mesmo que não percebamos facilmente esta influência.

As relações entre Brasil e China, das quais fazemos parte, são fruto de uma longa trajetória de respeito mútuo, cooperação e solidariedade. Ao longo dos anos, as duas nações têm estabelecido uma parceria robusta, construída sobre alicerces sólidos de diálogo, comércio e intercâmbio cultural. Esse relacionamento harmonioso é uma demonstração de como, apesar das distâncias geográficas, podemos trabalhar juntos em prol do progresso e do bem-estar de todos.

Que este livro seja uma fonte inspiradora de conhecimento, reflexão e celebração da amizade entre a China e o Brasil. E que nossa parceria continue a florescer, guiada por princípios de respeito, responsabilidade e prosperidade compartilhada.

Palavra da Editora

A China, em pouco mais de um quarto de século, deixou de ser um país eminentemente rural para se tornar uma potência econômica e o principal país exportador do mundo, com índices de crescimento surpreendentes.

Para entender como o país chegou a este patamar no final do século XX, vale dar um mergulho no passado distante e trazer aos brasileiros os avanços de uma das mais antigas civilizações da história, que se manteve unificada por mais de 4 mil anos na condição de uma potência mundial.

Essa obra nos mostra como esse povo foi o primeiro a forjar ligas metálicas, como o bronze, e por séculos fazer uso delas em larga escala. Durante as primeiras dinastias, também foram competentes para tornar sua agricultura mais produtiva e alimentar a população. Depois, numa sequência histórica, inventou o papel e ainda inovou no campo da engenharia, construindo o maior canal do mundo que ligava dois importantes rios do país, além de erguer um sistema de muralhas que até hoje nos impressionam.

Destacamos os avanços tecnológicos importantes como a invenção da pólvora e a criação de uma nova técnica de impressão, com base em tipos móveis, que permitiu a produção em larga escala dos primeiros clássicos da literatura e do confucionismo, democratizando a informação em seu território.

Com a bússola e outras inovações náuticas, foi possível dispor de uma impressionante esquadra naval. Com o cultivo do chá e produção da seda e da porcelana, pode estabelecer uma complexa rede de comércio que incluiu outros continentes.

Durante séculos, cada uma das dinastias que governou o país viu surgir manifestações artísticas no campo da pintura e da música, além de criar objetos importantes que usamos cotidianamente.

São contribuições como essas, decisivas em diferentes campos do saber, que nos dão uma ideia de como esses notáveis inventores souberam explorar ao máximo toda a engenhosidade humana e ainda hoje impactam as nossas vidas.

Você conhece a origem do Chá, uma das bebidas mais consumidas do mundo?

Segundo uma lenda milenar, pois não existe nenhum registro comprovatório, em 2.737 a.C. o imperador Shennong, o famoso Imperador Vermelho, caminhava com uma xícara de água fervida na mão, quando uma ventania fez as folhas de uma pequena árvore caírem sobre sua bebida. Adepto da medicina à base de plantas e de técnicas agrícolas, ele resolveu provar o “novo” líquido, aprovando-o com louvor. Assim, de forma totalmente acidental, estava criado o chá, uma das bebidas mais apreciadas do planeta, que conquistou o paladar de milhões de pessoas.

O significado de um dos símbolos mais famosos do planeta

Um dos símbolos chineses mais conhecidos hoje é um círculo dividido em duas metades, separadas por uma linha sinuosa. Uma parte é preta com uma pequena circunferência branca e a outra é branca com circunferência preta. Este é o símbolo clássico do yin e yang, criado a partir do princípio da dualidade, onde o positivo e o negativo só prosperam diante da existência do outro. O yin (preto) é sendo associado ao feminino, à noite, à lua, ao frio, à terra e à passividade. Seu oposto, o yang (branco), nos remete ao masculino, ao dia, ao sol, ao calor, ao céu e ao princípio ativo. As esferas inseridas em cada lado evidenciam o constante movimento e as forças complementares que se mantêm em equilíbrio e não existem sem a outra.

A origem da Bússola, uma das principais invenções da história

A bússola foi descoberta na China porque, muito antes de qualquer civilização, esse povo já conhecia a magnetita. Quando começou a Idade do Ferro, entre 1.200 e 1.000 a.C., as agulhas de ossos foram substituídas pelo metal e os chineses notaram que a magnetita as atraía. A primeira referência documental a esse uso viria à tona no século IV a.C., no Guiguzi, coletânea de antigos textos, em um trecho que diz: “o imã faz o ferro se aproximar ou um atrai o outro”. Quando a bussola magnética foi inventada, no século I da Era Cristã, era associada a funções místicas e usada para realizar adivinhações e ajudar os chineses na tomada de decisões.

Você sabia que o Macarrão surgiu na China?

Em 2005, arqueólogos finalmente decifraram a origem do macarrão, definindo a China como local de origem da massa. Até então, árabes e italianos pleiteavam a descoberta, mas uma secular vasilha fechada com um fiapo de macarrão foi encontrada em um sítio arqueológico no noroeste do país. Calcularam que o recipiente foi deixado ali há 4 mil anos e que esse macarrão não era feito de trigo, mas de painço. Textos romanos, babilônicos e assírios indicam que o macarrão está efetivamente na vida do homem há, pelo menos, três séculos. Antes dessa descoberta, os primeiros registros documentais nos remetiam à dinastia Han, mas mencionando bolinhos de trigo fervidos.

Sabia que a origem do Futebol também remete à China?

Em 2004, a Fifa anunciou que o futebol teve início no cuju, uma antiga prática esportiva chinesa. Esta teria origem em treinamentos militares, nos quais duas equipes jogavam com uma bola de pena, chutando-a, daí o nome cuju (chutar a bola). Por isso, o jogo poderia ser considerado uma “mistura de futebol com futevôlei”, na qual duas equipes ficavam de cada lado do campo, separados por um fio de seda entre dois mastros no meio de campo. O objetivo era, através de toques feitos com os pés, peito, costas e ombros, conseguir passar a bola para o lado oposto. Havia também a versão individual, semelhante à nossa embaixadinha, em que a ideia era controlar a bola sem deixá-la cair no chão.

Como foi que os chineses inventaram o papel?

Há registros do uso papel na civilização chinesa desde o século II a.C., mas apenas como uma embalagem. O papel como conhecemos hoje começou a tomar forma graças ao eunuco Cai Lun, um funcionário imperial que em 105 d.C. fez uma mistura com casca de amoreira, cânhamo, restos de roupas e um composto de fibras vegetais e bateu esses ingredientes até formar uma pasta. Aplicou-a sobre uma tela de pano esticada sobre um bambu e percebeu que após secar ela absorvia muito bem a tinta. Estava descoberto o papel. Por cinco séculos, esse invento foi uma exclusividade chinesa que, nesse meio-tempo, também havia criado o papel higiênico, até começar a se espalhar para o mundo e mudar a história.

Você sabia que os chineses inventaram a imprensa?

O alemão Gutenberg carrega uma fama que talvez mereça ser compartilhada, afinal a imprensa é mais uma das grandes conquistas chinesas. A escrita é praticada na China desde tempos imemoriais, mas foi no século II d.C., com o aperfeiçoamento do papel, que a produção de livros foi estimulada, ainda que em forma de manuscritos, exigindo um trabalho minucioso. Durante a dinastia Tang, criam-se as matrizes talhadas em madeira e, por volta do século VIII, a xilogravura foi estendida à reprodução de livros budistas, como o Sutra do Diamante – um livro com cinco metros de comprimento e palavras entalhadas uma a uma. Posteriormente, em 1040, Bi Sheng usou argila cozida para produzir o primeiro sistema de tipos móveis com a finalidade de produzir textos.

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